domingo, 6 de junho de 2010

Os 10 mitos do Yoga


Matéria retirada da Prana Yoga Journal. Edição 29. Junho de 2009

1. “Por que as pessoas praticam de janela fechada com todos suando muito? Eu acho anti-higiênico.”

Renata Sumar: Muitas escolas de Ashtanga Vinyasa Yoga usam a sala fechada. A respiração utilizada no Ashtanga ativa este "fogo" interno e traz as toxinas para fora, na forma de suor. Se você não gosta do ambiente fechado, procure uma linha de Yoga que não siga esta metodologia.


2. “Conheci uma pessoa que se machucou numa aula de Yoga. Fiquei com medo de me machucar também.”

Renata Sumar: Tenho 36 anos de prática e nunca me machuquei. Procuro estar bem atenta às necessidades do meu corpo e realizo os asanas de acordo com o que sou capaz de realizar e menos com os desejos de minha mente de ir mais e mais. Acredito que se encontrar um bom professor e que tenha uma prática pessoal diária, ele saberá conduzir você.

3.“Não tenho paciência para o relaxamento final. Posso pular?”

Renata Sumar: Praticar asanas e pular o relaxamento é como realizar uma corrida e "pular" a chegada. O relaxamento tem o objetivo de fazê-lo parar, voltar para o seu corpo, sua ferramenta de trabalho, e ver como está tudo. Sua mente pode achar que não há necessidade de descanso, mas o corpo precisa.

4. “Não consigo meditar, minha mente voa e meu corpo dói.”

Renata Sumar: Isso vai acontecer com você com maior ou menor frequência, faz parte do processo. Você pode perguntar a qualquer professor de Yoga e ele vai lhe falar que já teve muitas dores e que teve muita dificuldade em acalmar a mente inquieta. Uma coisa é certa: quanto mais você pratica, mais fácil a meditação se torna. Comece devagar. Faça 5 minutos todos os dias e aumente gradativamente.

5. “Não consigo fazer essas posturas. Isso é contorcionismo, é para gente jovem e sarada.”

Renata Sumar: É uma pena que muitas pessoas pensem que para praticar Yoga você precise ser contorcionista. Na verdade, existem muitas posições de Yoga, chamadas básicas, simples, que são aparentemente fáceis, mas exigem muita atenção e respiração. Se você tiver paciência e voltar para dentro de si mesmo e não para o que está acontecendo à sua volta, perceberá o verdadeiro objetivo do Yoga.

6. “Acho Yoga muito parado. O pessoal fica estático, respirando. Eu sou muito inquieto. Isso é para gente velha.”

Rosana Biondillo: O Yoga não é parado, mas algumas abordagens passam essa impressão pelo quesito permanência nas posturas. Na maioria das vezes, por ser muito inquieta, essa seria, exatamente, a abordagem mais útil para a pessoa. É preciso muito tempo de prática e entendimento teórico para apreciar e incorporar a permanência prolongada nas posturas.

7. “Pessoas gordas e sedentárias podem praticar? Não vou ficar com vergonha de não conseguir fazer aquelas posturas difíceis?”

Rosana Biondillo: Nesse caso, a abordagem deve ser bem mais delicada, programada e individualizada, para que não haja constrangimentos nem risco de danos à saúde geral do praticante. Sugiro sessões individuais para começar ou grupos mais específicos, com esse perfil.

8. “Sinto-me atrasado em relação à turma, pois não consigo fazer várias posturas. Acho que vou desistir.”

Maurício Wolff: Quanto a estar atrasado, todos começaram algum dia, e as pessoas têm facilidades e dificuldades diferentes.

9. “Por que alguns professores colocam fotos ou imagens de deuses indianos na sala?”

Kathia Karin Heuser: Pode ser apenas parte da decoração ou mesmo alguma imagem de um deus indiano com o qual seu professor se identifique, e as imagens podem trabalhar o lado devocional.

10. “Não consigo sincronizar a respiração com o movimento. Acho muito difícil.”

Maurício Wollf: No começo é assim mesmo, como dirigir um automóvel no início parece impossível. Depois de alguma prática, a pessoa o faz sem pensar, ao mesmo tempo em que conversa, pensa nos compromissos e no caminho que tem de seguir.

Um comentário:

  1. Gostei das colocações e acredito que desmistifica várias dúvidas das pessoas em geral. Namastê

    ResponderExcluir